Grupo de Proteção Ao Cerrado - Maria-faceiraHá poucas décadas usava-se o meio ambiente sem o cuidado de conservá-lo.
A intensidade industrial e certas formas de progresso nocivo, apresentam, cada vez mais, conseqüências só agora percebidas.Alguns estudos advertem : também a natureza pode sucumbir.
Na sociedade, felizmente, vão surgindo grupos de ambientalista encarregados de enfrentar o problema: não poluir e reaproveitar materiais considerados inúteis, com o intuito de lhes emprestar novas finalidades.
A Estação Ecológica de águas Emendadas é uma unidade de conservação do bioma cerrado, da maior importância, que sofre com os impactos da ocupação e uso do solo em seu entorno. Um dos principais impactos é a pressão demográfica nos condomínios vizinhos que aumentam o risco e a incidência de incêndios, além da caça e pesca ilegais e a retirada de espécies vegetais.
As atividades de Educação Ambiental desenvolvidas junto às comunidades vizinhas à Estação Ecológica de Águas Emendadas, coordenadas pelas professoras Maria Izabel da Silva Magalhães e Muna Ahmed Yousef, tem contribuído de maneira visível na conscientização quanto à importância da conservação da área.
Comprovou-se universalmente que a Arte tem sido um dos meios mais eficazes para criar harmonia entre as pessoas e o ambiente circundante.
Na ESEC-AE, pela iniciativa e supervisão do artista plástico André Lafetá, o grupo Maria Faceira, formado por moradoras da região, desenvolve trabalhos de pintura sobre faixas de rua,material descartável, que posteriormente serão transformadas em bolsas ecológicas produzidas,costuradas, pelo mesmo grupo sob orientação de profissionais indicados pelo SEBRAE. Tal experiência, apesar de recente, vem apresentando resultados satisfatórios: a melhoria do coeficiente emocional das participantes, além de uma remuneração que lhes aumenta a renda familiar.
Texto: André Lafetá
Fotos: Evando F. Lopes
